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LINHA LILÁS
DIAS E HORÁRIOS DAS PESQUISAS DE CAMPO:
03/OUT E 28/OUT, DAS 13H30 AS 17H.
DINÂMICA DE INSPIRAÇÃO ETNOGRÁFICA:
EM QUARTETO, TROCANDO INFORMAÇÕES PARA ANOTAÇÕES E FOTOS
DINÂMICA DE ENTREVISTAS:
EM DUPLAS, UM NA GRAVAÇÃO DE ÁUDIO E O OUTRO NA ENTREVISTA
Por se tratar de uma linha nova, com estações recém-inauguradas, o grupo de pesquisadores designado se deparou com um ambiente peculiar. Ao chegar no trecho, as hipóteses levantadas acerca da tecnologia e limpeza das estações se confirmavam, bem como o bom funcionamento dos serviços prestados na estação, sendo o de segurança mais destacado (em todas as viagens havia ao menos um guarda do metrô em ronda). Entretanto, o que mais chamou atenção foi o vazio expresso nas “intermináveis paredes cinzas da Linha 5 Rubi”, deixando uma sensação de um lugar a ser acabado, preenchido. Não se verificou pontos de consumo que não as repetitivas e padronizadas publicidades em cartazes e Elemídias, com exceção da Santa Cruz, onde encontraram uma única máquina de atendimento e mídias atraentes em painéis onde a visibilidade era mais bem explorada, deixando os trechos da linha, um sentimento de oportunidade.
O ponto de destaque no estudo desta linha se dá na divisão do mapa de consumo do Metrô em setores. Observou-se que há uma diferenciação no comportamento social e na arquitetura e exposição de mídias em diferentes setores da linha, sendo assim, se classificou a linha Lilás em quatro blocos distintos, sendo eles: o bloco 1, superficial, com estações no extremo Sul de São Paulo, com “finalidade” de levar aos e trazer aos centros os trabalhadores da região onde habita; o bloco 2, de maior movimento, que abrange zonas de comércio e centros universitários na Zona Sul; o bloco 3, que representa as estações que cortam os bairros de alto padrão que já se aproximam do centro e de zonas de entretenimento noturno, parques e afins; o bloco 4 que representa as estações que dão acesso aos grandes centros hospitalares; e o bloco 5, que é onde se dão as conexões com outras linhas do metrô.
Já no que diz respeito às personas, o time de pesquisadores levou em conta a divisão destes blocos para mapear as pessoas mediante a sua trajetória na linha, seu interesse na viagem e suas características psicográficas. Ou seja, os motivos pelos quais ela usa o metrô, como ela se desloca neste transporte e a maneira como enxerga a vida.
Para efetuar esta análise, os pesquisadores empregaram um considerável tempo no olhar sobre o caminhar e o vestuário dos indivíduos, onde surgiram movimentos que ajudaram a delimitar as personas, bem como os trechos do mapa de consumo. Situações como o acionamento do alerta de segurança, por um portador de deficiência física na estação AACD Servidor, alimentaram o imaginário dos pesquisadores e inspirou a profundidade desejada nas entrevistas dezoito entrevistas realizadas.